Sempre me imagino nas sombras, sob a aura da escuridão
tentando entender o que não tem explicação óbvia. A minha vida em um turbilhão de mensagens sem
sentido, inerente a solidão do meu ser perdido. Sofrendo uma mutação
espiritual, se isso é possível. O impossível é credível pelo meu subconsciente
preso nesta dimensão austera e implausível. Sou uma alma perdida viajando pelas
estradas do nada, apenas fabricações perniciosas de minha imaginação alterada pela
etérea e desconhecida leveza do meu ser hostil e volátil. Desdenhando do
improvável, não há respostas para a estupidez inata de sentimentos que se
apoderam do meu ser fazendo-me perder o controle da minha sanidade em uma
batalha onde há apenas perdedores. Será?
Para discutir nossa inferioridade é preciso compreender
nosso ser corrompido pela própria humanidade, pelo simples fato de sermos meros
mortais estúpidos, egocêntricos e autoritários. Meu desdém para encontrar uma
solução que pode não existir ou que podemos não entender, por conta do nosso
pequeno desenvolvimento de consciência, faz sentir-me presa nesta dimensão
mínima. Eu sinto medo, raiva, impotência em sua mais pura essência, em seu
estado mais mórbido e animal! Nós somos apenas marionetes do nosso próprio
destino, de nossos próprios sentimentos que nos invadem e nos golpeiam sem nos
dar a oportunidade de reagir ou decidir o nosso caminho. Isso nos torna
vulneráveis e fracos.
É uma batalha diária
contra mim mesma e as minhas imperfeições, o que se supõe que não devemos ser
perfeitos! É uma retórica na qual não concluo, eu me sinto vazio nesta dimensão
do imperfeito, do anormal e especulativo. Ferida nas profundezas do meu ser, eu
só posso regozijar-me no simples fato de viver e experimentar todos esses
sentimentos loucos. Eu só sei que não sou como os outros, eu tenho experimentado
o nascimento de que um dia terei uma resposta que preencherá esse vazio
insuportável e latente dentro de mim. Enquanto
isso, vejo como a ignorância do homem o leva à sua própria destruição, sem
saber que as respostas que tanto procuram e anseiam estão dentro de si
mesmos...
Bem niilista, com uma pitada de esperança no final. Aqueles que têm coragem de ir além do comum superficial quotidiano, inevitavelmente deparam-se com isso. O ser e o nada, o ser no nada, o ser ou não ser. Continuemos questionando, mas tendo essa consciência que tu falou: só podemos existir e é melhor que isso seja prazeroso.
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