sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Fabricações Perniciosas de Minha Imaginação

Sempre me imagino nas sombras, sob a aura da escuridão tentando entender o que não tem explicação óbvia.  A minha vida em um turbilhão de mensagens sem sentido, inerente a solidão do meu ser perdido. Sofrendo uma mutação espiritual, se isso é possível. O impossível é credível pelo meu subconsciente preso nesta dimensão austera e implausível. Sou uma alma perdida viajando pelas estradas do nada, apenas fabricações perniciosas de minha imaginação alterada pela etérea e desconhecida leveza do meu ser hostil e volátil. Desdenhando do improvável, não há respostas para a estupidez inata de sentimentos que se apoderam do meu ser fazendo-me perder o controle da minha sanidade em uma batalha onde há apenas perdedores. Será?

Para discutir nossa inferioridade é preciso compreender nosso ser corrompido pela própria humanidade, pelo simples fato de sermos meros mortais estúpidos, egocêntricos e autoritários. Meu desdém para encontrar uma solução que pode não existir ou que podemos não entender, por conta do nosso pequeno desenvolvimento de consciência, faz sentir-me presa nesta dimensão mínima. Eu sinto medo, raiva, impotência em sua mais pura essência, em seu estado mais mórbido e animal! Nós somos apenas marionetes do nosso próprio destino, de nossos próprios sentimentos que nos invadem e nos golpeiam sem nos dar a oportunidade de reagir ou decidir o nosso caminho. Isso nos torna vulneráveis ​​e fracos.

 É uma batalha diária contra mim mesma e as minhas imperfeições, o que se supõe que não devemos ser perfeitos! É uma retórica na qual não concluo, eu me sinto vazio nesta dimensão do imperfeito, do anormal e especulativo. Ferida nas profundezas do meu ser, eu só posso regozijar-me no simples fato de viver e experimentar todos esses sentimentos loucos. Eu só sei que não sou como os outros, eu tenho experimentado o nascimento de que um dia terei uma resposta que preencherá esse vazio insuportável e latente dentro de mim.  Enquanto isso, vejo como a ignorância do homem o leva à sua própria destruição, sem saber que as respostas que tanto procuram e anseiam estão dentro de si mesmos...

Um comentário:

  1. Bem niilista, com uma pitada de esperança no final. Aqueles que têm coragem de ir além do comum superficial quotidiano, inevitavelmente deparam-se com isso. O ser e o nada, o ser no nada, o ser ou não ser. Continuemos questionando, mas tendo essa consciência que tu falou: só podemos existir e é melhor que isso seja prazeroso.

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